19 de junho de 2010

Sociedade VII

Ah, o espanhol morreu?

Já não era sem tempo!

Um espanhol a dizer mal de Portugal enquanto que na realidade é português é algo tão imbecilmente contraditório que depois ainda se admiram que ninguém gostasse do Saramago!

E muita gente nem leu os livros dele!

9 comentários:

  1. Mas quem é que gostava desse gajo?

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  2. Não tão contraditorio como a raiva catolica.

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  3. Eu não sou católico e não gostava do gajo. E apesar de adorar literatura, não sou grande fã da escrita desse senhor que gostava de ter nascido espanhol.

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  4. Eu sou católico de facto, mas nem é por isso que não gosto dele. Há pessoas que simplesmente gostam de ser controversas. O Zé era uma delas.

    Que melhor maneira de ser controverso do que insultar a igreja católica? Sinceramente com isso já nem me importo (e em alguns aspectos a igreja católica deve ser criticada, mas a religião em si não tanto, mas aí talvez esteja a ser um bocado imparcial). Os católicos são tipo aquele miúdo gordo na escola com que toda a gente goza e ninguém acha mal gozar com ele porque, lá está, toda a gente o faz. No final o gordo acaba por se tornar uma pessoa melhor por ter aprendido a verdadeira essência do ser humano, ou então, deveras, como o Jorge disse, torna-se raivoso (claro que depois leva um chuto e aprende a lição na mesma, porque é apenas um gordinho e não se consegue defender, quanto mais atacar!).

    Agora, por muito que os portugueses digam que Portugal é uma porcaria, quando alguém diz uma barbaridade do tipo juntar Portugal e Espanha, nenhum português verdadeiro fica com boa impressão dessa pessoa.

    Isto na minha mui humilde opinião!

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  5. Raios partam não poder editar os comentários...

    Esqueci-me de dizer que o que eu queria dizer com a história do puto gordo é que Saramago, criticando a igreja ou sei lá o quê, não fazia mais do que tipo... metade da população mundial (hiperbolizando obviamente). Daí achar que mesmo que ele dissesse que Deus é preto e que se veste à punk e tem pêlos no nariz, eu sinceramente não me importava. Neste caso até acharia absurdo! Mas possivelmente foi um exemplo mau.

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  6. Ora bem antes demais dizer que às tantas isto da raiva foi um bocadinho excessivo mas pronto assumi, se calhar erradamente, que a tua falta de apreço pelo senhor fosse pela sua critica constante da religião.

    Agora Saramago gostar de ser controverso é algo que não me convence. As vezes não há como não o ser a menos que passemos a vida calados. Saramago não tinha como não ser controverso face a religião porque esta lhe era manifestamente perturbadora assim como não podia evitar ser controverso nalgumas atitudes que se prendiam com a sua ideologia politica apesar de atitudes infelizes que teve ,e eu não me revejo nas ideologias politicas de Saramago nem na visão que tinha da religião,mas era um homem cujo pensamento era tremendamente livre e nunca se viu restringido pelas opiniões de outros na forma como os expressava.

    Quanto ao teu exemplo Diogo acho que no grande esquema das coisas a Igreja Católica é mais o bully. Mas vá nem tanto ou mar nem tanto a terra o Catolicismo está cheio de virtudes assim como o próprio conceito de religião mas também possuem vícios que merecem ser apontados. Saramago para o bem e para o mal expôs algumas deficiências da religião e não obrigou ninguém a conhece-las mas assim crentes e não crentes poderam ler os seus pontos de vista a partir daí sentirem-se extremamente ofendidos, ou numa atitude mais inteligente, sentirem-se esclarecidos quanto à sua fé e isto não implica de todo renega-la.

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  7. Se Saramago não se via restringido para dizer o que quissesse e lhe apetecesse nos seus livros e afins, então ninguém se deve restringir para o criticar (ou pelo menos têm esse direito de não o fazer). Não há almoços grátis, como se diz lá na faculdade. Se alguém espera fazer uma coisa que irrite alguém e sair impune, está muito enganado. Aí sim tens razão: ele, sabendo que o que ia escrever ia chatear o pessoal, escreveu na mesma numa atitude quase rebelde de um contra o mundo! (faz lembrar os morangueiros dos dias de hoje, só que esses falham miseravelmente ao tentarem ser "únicos"!)

    Agora, quanto à Igreja Católica, apercebi-me agora que se calhar confundi um bocado. É que eu começo o parágrafo a falar da Igreja Católica. Depois faço o exemplo dos católicos. Ora, ser católico é muito muito diferente de respeitar a Igreja Católica (se formos pela História, não é difícil achar barbaridades cometidas em nome, ou não, de Deus; até eventos recentes se não quisermos ir muito longe). Acho esquisito o pessoal que fala comigo e me diz que se nem os padres (obviamente não tou a falar de todos, mas o pessoal gosta de hiperbolizar) são pios, como é que o mortal comum poderia ser. Lá está outra vez, Igreja Católica e ser católico são coisas muito diferentes.

    Portanto sim, até consigo concordar que às vezes a Igreja Católica é um "bully". Mas para o cristão, isso nem devia interessar muito.

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  8. Eu acho que já perdi o ponto de discórdia no meio disto tudo. Acho que onde queria chegar era o seguinte: não temos que gostar do homem , mas que seja por boas razões e não deixar que opiniões discordantes nos impeçam de ver a genialidade do senhor.

    De resto acho que estamos os dois um bocadinho como o Ghandi, gostamos muito do Cristianismo agora dos cristãos...

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  9. Hehe, bom isto é um blog, o sítio onde a discussão pode começar sobre arte surrealista e o seu efeito na sociedade no século XX e acabar numa discussão sobre importação de bananas na Dinamarca depois dos Descobrimentos.

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