2 de dezembro de 2009

Sociedade V

Há umas centenas de anos era provavelmente muito díficil encontrar um cidadão português que quissesse uma união com a Espanha. Tanto que ontem foi o dia da Independência Ibérica, feriado Nacional. No meu ponto de vista não houve uma única vantagem significativa em termos sido afixados pela Espanha.

Nos dias de hoje já nem todos pensam assim. Visto que as pessoas são incultas não percebem que uma fusão com Espanha só prejudicaria Portugal mais uma vez. Historicamente isto está provado. As nossas colónias eram atacadas por holandeses e ingleses (nossos supostos aliados, não é?) e corsários saqueavam as nossas frotas, debilitando a nossa economia (que na altura era muito mais próspera, sim, mas enfim). Em termos de vida humanas, Portugal sofreu imenso por uma causa que não era a deles. Falo da Grande Armada por exemplo, que acabou por ser uma Grande Merda (peço desculpa pela banalização, mas tinha mesmo de ser).

O povo português era um povo orgulhoso, e decidiu não aguentar mais. E andámos um dia a atirar espanhóis e colaboradores pela janela fora (literalmente).

Hoje, o português comum é aquele que estende a bandeira de Portugal quando vai a um jogo de futebol e pensa que está a ser patriota, mas que se esquece porque é que dia 1 de Dezembro é feriado...

A raça portuguesa extinguiu-se. O mesmo povo que abriu a Europa a terras por ela desconhecida, é agora composto apenas por homens e mulheres sem carácter, invadido pelas modas e costumes dos outros países. Sem nenhum tipo de coragem ou determinação de ser original na resolução dos seus problemas. Digo isto a querer dizer que a união ibérica não é uma coisa tão rebuscada quanto isso.

Dizem que os políticos levam o país à ruína.

Eu digo que os políticos são apenas portugueses como os outros...

4 comentários:

  1. Após ter sido questionado sobre a razão do feriado em questão, eu que considero-me uma pessoa com alguma cultura geral, especialmente a nível de história, não soube responder. Após várias tentativas acertei, que é como quem diz, estive lá perto. É com muita vergonha, mas acima de tudo, pena, que lamento que o povo português tenha chegado a um ponto em que não liga ao próprio país (eu incluído) e que não respeita as grandes façanhas do nosso povo. Assim, concluo esta dissertação com extrema vergonha de não ter lembranças do feriado possívelmente mais importante da nossa história.

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  2. Em primeiro lugar vinha agradecer por teres comentado no meu blog, e reforçar que concordo com o teu comentário.

    Em segundo lugar vinha dizer que gostei deste teu post, eu como jovem nacionalista, mete-me nojo ver a mentalidade do Português actual, uma autêntica miséria para não referir coisas piores.

    Eu costumo dizer que o povo merece a merda que come, pela simples razão que gostam de culpar os políticos (que não estão em si isentos de culpa) mas esquecem-se que foram eles que os puseram lá...

    Para a maioria dos portugueses o Liedson e o Deco são portugueses, erguer a bandeira no futebol e cantar o hino nacional no início da bola é ser patriota e bom português, a imbecilidade está a matar um País com mais de 800 anos de história, mas enfim que podemos nós fazer?

    Continua com o bom trabalho.

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  3. Já quase 900 meu amigo!

    Mais admirável ainda é que fui perguntando ao pessoal outros feriados nacionais e os poucos que me responderam foram o 25 de Abril, o Natal e Páscoa. Ou seja, nada de 10 de Junho por exemplo (dia de Portugal cum catano! E do nosso sublime português, o excelso Luís de Camões). Até percebia que não soubessem feriados religiosos (aliás, estatisticamente foram os que mais acertaram).

    E eu próprio agradeço com todas as escamas o seu comentário.

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  4. Hoje o mundo encontra-se formatado de maneira diferente. O nacionalismo pode ser muito bonito quando essa nação nos dá aquilo que necessitamos. Ora vejamos: falamos via internet com todo o mundo, trocamos mails a uma velocidade iompressionante, gastamos de telemóvel mais que o orçamento de casa deixa...
    E depois? Perguntar-me-ão vocês. O que é que uma coisa tem a ver com a outra? Nestes dias já não nações nem países... Somos todos irmãos e filhos de um Deus Menor que se chama evolução.
    Hoje tanto se pode ser feliz em Lisboa, Djibouti ou em Ouagadougou. Basta querer!

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