11 de novembro de 2009

Reflexão Pessoal

Uma pessoa consegue alcançar superioridade de três maneiras:

Superioridade física.

Superioridade social.

Superioridade intelectual.

Não deve ser muito díficil imaginar como cada uma se descreve, mas vou fazê-lo à mesma.


A superioridade física caracteriza-se obviamente pela condição física de uma pessoa. Seja por estatura corporal de proporções maiores ou por desenvolvimento especifico de músculos, normalmente estas pessoas conseguem viver o dia-a-dia de maneira comfortável, pois fazer certas tarefas será no mínimo banal. Não estou a dizer que têm de ser extremamente atléticos nem nada disso, só que a interacção com os vários elementos da rotina diária (apanhar o comboio que está quase quase a sair da estação) ou actividades de entretenimento (digamos... uma futebolada) será muito mais fácil.

As pessoas com forte componente social (as que eu normalmente apelido como "gabirus") têm exactamente tendência a dar-se bem com todos e são excelentes a manipular outros com inferioridade social, salvo certas excepções como é claro. Normalmente também são exímios oradores (aliás, daí conseguirem manipular pessoas tão bem). Na minha opinião, esta é a forma de superioridade que mais pode usufruir das outras duas.

Se bem que qualquer uma combinada com outra dá sempre resultados melhores, mas já lá vamos.

Por último, os intelectualmente superiores. Quando digo intelectualmente, não me refiro só a quem tem mais conhecimentos sobre assuntos. Refiro-me também, de facto, aos que sabem usar o cérebro para se adaptarem a qualquer situação (aliás, é exactamente essa a definição de inteligência).


Agora, não quero dizer que seja absolutamente necessário que uma pessoa tenha todas estas componentes extremamente desenvolvidas. Pode-se viver uma vida inteira apenas com uma delas. Muitas pessoas demonstraram que conseguem morrer velhas sem alguma vez terem usado o cérebro. Ou sem terem alguma vez levantado uma palha. Ou sem alguma vez terem gostado de alguém.

"Então, mas como é que se é verdadeiramente superior a todos?" perguntam vocês. A resposta é simples: não se pode. O nosso cérebro é uma máquina potente, mas duvivo que haja alguém que consiga atingir o máximo em todas as componentes referidas ao mesmo tempo. O Homem superior seria, de facto, quem conseguisse realizar tal proeza.

Não consigo pensar em alguém que o tenha conseguido.

Alguns exemplos óbvios de que não se pode ter tudo são os atletas, o pessoal do Jet-Set, os cientistas; pessoas que chegaram ao topo da cadeia alimentar da componente em que se especializaram mas que no entanto pouco ou nada têm das outras.

Grande parte da população, digo eu, gosta de tentar encontrar um meio termo saudável ente duas, ou mesmo as três maneiras de se ser superior.

E há aquelas que falham miseravelmente em todas. Aliás, diz-se que o primeiro humano foi coincidentalmente o primeiro bacalhau que falhou em ser algo na vida e decidiu ser Homem.

3 comentários:

  1. Concordo com tudo mas penso que deixaste por falar um factor decisivo na componente intelectual: a casa de banho...sim, a casa de banho, pois esta proporciona ao mais comum dos mortais momentos de reflexão e abstracção em relação a tudo o que nos rodeia. Profundo, sim. Não só psicologicamente mas também no cano do esgoto.

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  2. Suponho que cada um tem o seu sítio mui próprio para quaisquer tipos de reflexões. A casa de banho ajuda a pensar porque normalmente é um sítio calmo sem distrações.

    Excepto se for pública claro. Aí conseguem-se ouvir os mais nojentos (e no entanto alguns admiráveis) sons. E isso desconcentra uma pessoa, por muito labrega que seja.

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  3. De facto preencher todas as componentes equivaleria à perfeição

    Mas isso é...impossivel?!!

    Agora
    Barack Obama - Big Master dos USA - faz desporto e é gabiru!

    José Socrates - Big SUcker de PT - Faz maratonas e é gabiru


    Talvez possamos encontrar pessoas que preencham todos os campos duma forma mais equilibrada mas acima da média...são eles, geralmente, os Lideres.

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