22 de julho de 2009

Tal III

As pessoas fazem coisas horrivelmente estúpidas (é mesmo a palavra indicada para a situação que vou descrever) por dinheiro. Senão, vejam:

No outro dia (porque só agora é que me apeteceu escrever isto), estava em casa e comecei a ouvir um barulho deveras esquisito. Ao patrulhar a casa, descubro que é a minha mãe a arrancar os pêlos das pernas (aquela coisa que as mulheres e os metrosexuais fazem, sabem?) com um aparelhozeco. Achei a situação ridicula, porque o dito aparelho estava a fazer um barulho extremamente irritante.

Depois de uma conversa com a minha mãe, da qual não me lembro dos pormenores todos, chegamos a um ponto em que eu digo que aquilo não devia doer nada. A minha mãe perguntou se eu queria fazer uma aposta. Não liguei à proposta pois é uma daquelas expressões que o povo português costuma dizer. No entanto, ela estava a falar a sério. Ela dar-me-ia 5 euros se eu a deixasse arrancar-me uma dúzia de pêlos da minha perna. Ora, não é de todo uma proposta normal, mas também ninguém na minha família é o que se pode chamar "normal".

Entrei em longos momentos de hesitação e reflexão, ponderando ou ganhar 5 euros por um lado ou manter a minha masculinidade inalterada por outro.

No entanto, visto que não tenho um fluxo de dinheiro a entrar normal, a primeira opção acabou por ganhar. Para as pessoas que me conhecem bem, saberão que foi uma decisão extremamente difícil!

Nisto, tenho agora uma área sem pêlos em forma de bacalhau na perna.

E aquela porcaria doía. A sério! Homens de todo o mundo (excepto os metrosexuais), não façam o mesmo erro que eu!

8 comentários:

  1. Caro rei bacalhau,

    Só passei por aqui e lembrei-me de dar uma vista de olhos pelo seu post novo, e deixe-me dizer-lhe que o achei errado em tantos graus que seria necessário um novo blog só para descrever o quanto isto me aborreceu mas tente-mos, na melhor das nossas capacidades comentar: Em primeiro lugar é claro que o uso de uma máquina depiladora doi, é pretendido que arranque os pelos desde a raiz, e para alguêm como o senhor, que diz que nao o é, vai doer mais porque as ditas partes do corpo não estão habituadas a tal abuso; em segundo tenho de admitir que vossa excelência daria um capitalista de alto nivel, está disposto a enfrentar qualquer perigo e qualquer injuria por dilheiro, de um fâ um sentido bravo; para finalizar só algo para mais tarde se reflectir, vossa excelência intitula-se um homem, mas um homem a sério não se queixaria de tão ridicula ofensa e olhando para a frente afirmaria que algo tão ridiculo nunca magoaria um distinto representante do sexo masculino.

    Apenas a minha humilde opinião que como cidadão livre tenho direito a ter.

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  2. Ainda bem que expressou a sua opinião, estou mais que contente pela sua honestidade!

    Não sei se daria um capitalista do nível que vocemessê está a dizer, pois o que eu aceitei foi mais um suborno do que outra coisa. Em principio (e como eu disse no texto) eu não queria de todo fazer uma coisa destas.

    Eu nunca disse que parte do meu corpo é que me doía, e por isso, provavelmente devo um pedido de desculpas aos leitores por não ter clarificado. A única parte que verdadeiramente me doeu foi, de facto, a alma. Sim! A alma, por tal barbaridade ter sido feita à minha masculinidade (não obstante ter sido eu o provocador disso...)! Um homem a sério nunca se queixaria de dor física, mas a dor que está cá dentro é tanta que deixa cicatrizes, meu amigo.

    Neste caso, tive de partilhar a minha mágoa com quem se interessasse.

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  3. Eu não querendo ser exigente mas vossa excelência referiu, "E aquela porcaria doía. A sério!", portanto deduzi que teria sido a parte do seu corpo que tinha sofrido a referida agressão, peço o seu perdão por deduzir que as suas palavras seriam para ser tomadas a sério, mas como a maioria desta nova geração do Hi5 e do Myspace, temo em dizer que vossa excelência esquece-se do que diz e volta atras na sua palavra.

    Apesar disto o meu coração chora por si e pela sua masculinidade perdida mas a culpa disso é de facto sua e apenas sua, pois acordou troca-lá por 5 euros.

    Bem o tempo escasseia e a minha opinião já foi descrita.

    Um bem haja de um fâ.

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  4. A sua dedução é mais que válida, porque não esclareci qual parte do meu ser é que estava a doer, mas por isso já pedi desculpa por não ter esclarecido no meu comentário anterior. Logo, nisso você tinha absolutamente toda a razão (até ao ponto em que eu esclareci o erro).

    Quanto às minhas palavras serem tomadas a sério já foi um erro seu infelizmente. No principio do meu blog expliquei que quando um post teria o título "Tal" é porque o conteúdo não deveria ser tomado a sério, pelo menos a maior parte da vezes. Este não é excepção.

    E pode acreditar em mim, ninguém detesta mais esta nova geração "Hi5" do que eu. Eu simplesmente chamou-lhe geração "Morangueira". Mas isso é algo para se falar noutro post. Aliás, se eu alguma vez fizer um post sobre isso, convido-o a partilhar a sua opinião sobre o assunto, pois tem capacidades de argumentação excelentes!

    E já agora, obrigado pelas palavras amigas.

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  5. Antes de mais que pedir perdão se o insultei ou magoei num ponto de vista mental, acredite que a minha opinião não se destinava a tal acto.

    Em relação á seriadade das palavras terá de me desculpar mas nao tinha conhecimento que posts com titulo "tal" não se devem tomar a sério.

    Para terminar esta geração "Morangueira" como vossa exc lhe chama é na minha opinião corrupta, mas não atribui-o as culpas a uma certa novela (cuja referencia é mais que clara), mas na minha opinião tem muitos outros factores relevantes e que não podem nem devem ser ignorados, mas como vossa exc referiu isto é topico para outras conversas que com muito agrado darei a minha opiniao.

    Um sentido abraço deste que lhe deseja tudo de bom.

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  6. Nesse caso, estamos conversados. De modo algum houve algum insulto tanto da minha parte como da sua. Pelo menos, não me pareceu.

    Até à próxima.

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  7. Nesta troca de "galhardetes" que pudemos observar, ficou uma pergunta a pairar como uma nuvem plúmblea e que é a seguinte: será que a dor verdadeira existe?
    Ou será que a dor é uma manifestação da nossa raiva interior?
    Imaginemos uma martelada num nosso dedo, coitado! Dói mais o dedo após a pancada ou a raiva de sermos inábeis a manusear um martelo?

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  8. Bem não posso deixar de responder ao que este senhor anónimo comentou, em pimeiro lugar não concordo com a descrição "galhardetes" para o que eu e o senhor Rei Bacalhau estivemos a fazer eu prefiro defini-lo como uma choque de mentes em que cada parte expos o que pensava e julgo (O Rei Bacalhau dirá de sua justiça) que nos as duas partes saem desta situação melhor e mais completos.

    Em relação á dor e ao efeito do qual ela deriva não penso que se tenha de escolher qual doi mais, pois ambas ferem a alma e a conjunção das duas é por vezes insurportável.

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