8 de agosto de 2010

Férias (Guerra dos Mundos)

Agora de férias posso aproveitar e pôr alguma leitura em dia.

No outro dia agarrei num livro que já queria ler há algum tempo. A Guerra dos Mundos, pelo Helbert George Wells, um dos considerados pais da ficção científica.

Para quem nunca leu, basicamente trata duma invasão da Terra por parte dos marcianos. Eles aterram lá em Inglaterra e começam a aviar forte e feio nos Ingleses. Relacionado com isto há lá uma reflexão que o narrador (que surpreendentemente consegue manter-se anónimo durante o livro todo) tem a certa altura do livro. Era uma coisa do género: nós somos tão inferiores em comparação com os marcianos como os coelhos para nós.

Pode parecer esquisito, e possivelmente não faz grande sentido assim de repente. Mas vejamos:

O Homem, ao ter capacidades de fabricar armadilhas e armas, consegue caçar, matar, mutilar e comer qualquer animal no seu meio. Apesar de alguns animais se tentarem defender, a superioridade desnatural dos humanos acaba quase sempre por ganhar. Nós, como humanos, achamos isto muito bem. Temos de comer, não é verdade?

Agora vamos inverter a moeda.

Os marcianos vêm. Começam à bofetada connosco e a mandar lasers para tudo quanto é sítio. De repente descobre-se que eles se alimentam de humanos. O quê? Que nojo, horrível, bárbaros! Eles só podem fazer isso porque têm armas melhores e tal!

Mas não é essa exactamente a vantagem que temos sobre os animais? O que é que deve pensar o filho coelho quando vê a mãezinha a ser assada? Não iria pensar o mesmo que nós se vissemos um familiar nosso a ser brutalmente canibalizado?

A verdade é essa, é que por muito que nos achemos no topo da cadeia alimentar, pode haver sempre alguém mais forte, mesmo que demore tempo até decobrirmos isso. E isso aplica-se a muitas coisas na vida. Daí ter sido algo que me fez reflectir muito.


O primeiro caso em que a espécie dominante foi substítuida por outra foi na era dos bacalhaus, tão pouco documentada... Quando os humanos vieram, os bacalhaus perderam o seu lugar surpremo no mundo. Raios partam os anzóis.

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